ILUSTRAÇÃO "GENI" JEFFERSON RIB

Geni

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de maio de 1954. Geni é, como indica todos os seus documentos sociais, Genil, mas por não gostar da sonoridade do nome original, apresenta-se, salvo situações inegociáveis, a omitir o som da consoante final. É mãe de dois filhos, motivo principal, acredita-se, pelo qual desejou se reformar precocemente, com apenas 44 anos. Trabalhou como bancária, mas seu principal ofício, que até hoje exerce sem negociações, é o de dona de casa, a zelar com apreço por seu marido e crias. Não há dia em que não diga para o seu filho que o amo infinitamente. Geni é uma mulher do seu tempo, e ser assim lhe faz feliz. 

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EFÍGIEde Jefferson Rib

No princípio, a carne se fez pintura. No desejo perene da humanidade em aprisionar o tempo, a representação pictórica, na sua preciosa ânsia pelo real, valera-se como instrumento para compor a imagem daqueles representados. Seja nas pinturas que a História nos reservou, seja na massa de metal esculpida em feições humanas, estejam essas num busto em praça pública ou numa moeda, há olhos vultuosos que nos enxergam sob a égide do poder.

Efígie apresenta-se também no desejo de emoldurar personagens e narrativas. Porém, a escolha da colagem como técnica principal para construir esse painel de figuras femininas tensiona a representação imaculada que a ideia de efígie sugere. Neste sentido, os retratos aqui buscam compor, sob a égide da poesia, não suas feições, mas, antes, seus simbolismos. Porque não há memória sem subjetividade. E não há colagem sem subversão.