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  • ILUSTRAÇÃO "OVOS MEXIDOS COM BROA E CEBOLA" MARTA ESPÍRITO SANTO

ILUSTRAÇÃO "OVOS MEXIDOS COM BROA E CEBOLA" MARTA ESPÍRITO SANTO

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ILUSTRAÇÃO "OVOS MEXIDOS COM BROA E CEBOLA" MARTA ESPÍRITO SANTO

Reprodução de um original a gouache, lápis de cor, caneta e café sobre papel
Impressa em papel CLA 315g
Edição Limitada de 20

O arroz de bacalhau que a minha avó fazia era, na verdade, aborrecidíssimo. A parte boa era a omelete que ela fazia para acompanhar. Sobrava sempre imenso arroz, mas a omelete desaparecia num instante. Sabendo que não voltarei a comer nem uma coisa nem outra com o mesmo sabor que tinham, sinto-me nostálgica e com saudades - sim, até mesmo do arroz de bacalhau. Mas uma questão pertinente puxou-me subitamente para a superfície das soturnas águas da nostalgia e do luto: será que os ovos mexidos foram inventados por alguém que não soube dobrar uma omelete como deve ser?... Enfim, quem nunca transformou uma omelete numa mexida improvisada a meio do processo, que atire o primeiro ovo.

Há receitas que não vivem apenas em livros de cozinha, vivem na memória das famílias, passadas de mão em mão, de geração em geração. Um prato que cheira à infância, ao colo da avó, à mesa cheia de vozes e histórias. Uma receita que é mais do que comida: é carinho, família e tradição. Nesta exposição, convidamos os nossos artistas a partilhar o que têm no prato com todos os visitantes da Águas Furtadas. Uma pequena janela na sua vida pessoal que procura fazer-nos lembrar das nossas próprias memórias de receitas e entes queridos, resultando num pequeno momento de nostalgia e carinho.

Marta Espírito Santo é uma artista e dissidente da arquitectura nascida e formada em Coimbra, mas mudou-se para os arredores do Porto há uns anos. Desenha desde que se lembra de existir, mas a sua primeira experiência profissional como artista foi no primeiro ano de curso, quando fez comissões NSFW para pagar o arranjo do computador. Depois de muitos anos a experimentar várias técnicas, desde aguarelas de borras de café a uns lápis de cera baratos e horrorosos, concluiu que a sua preferida é uma boa caneta preta fininha sobre um papel lisinho - logo ela, que até gosta de banda desenhada, manga, arquitectura, e outras coisas que tais.